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Metade dos bebês brasileiros não faz o teste da orelhinha e 23% dos pais não levam os seus filhos para realizar o teste do pezinho, segundo Pesquisa Nacional de Saúde. Os dados são preocupantes, pois esses exames são fundamentais para detectar e prevenir doenças. Para reverter esse quadro, o deputado federal Benjamin Maranhão (SD) apresentou projeto de lei (PL 8010/2017) que condiciona o acesso ao programa Bolsa Família a realização desses testes em bebês.

No caso do teste do pezinho, o Ministério da Saúde preconiza que o ideal é uma cobertura acima de 90%. Outra questão é que apenas 20% das crianças chegam aos serviços no período ideal, entre o 3º e o 5º dia de vida. A ideia é condicionar o recebimento de benefícios sociais a realização do teste do pezinho, realizado no prazo preconizado pelo MS.

“O projeto estabelece que a concessão dos benefícios dependerá do cumprimento, no que couber, de condicionalidades relativas ao exame pré-natal, ao acompanhamento nutricional, ao acompanhamento de saúde, aos testes do pezinho e do ouvido, à frequência escolar de 85% em estabelecimento de ensino regular, sem prejuízo de outras previstas em regulamento”, explicou Benjamin.

Segundo o parlamentar, é fundamental atrelar a concessão do benefício do Bolsa Família e a exigência da realização desses dois testes, tendo em vista proteger a saúde dos recém-nascidos, para que não sejam afetados por possíveis patologias.

Testes – O Teste do Pezinho deve ser feito após as primeiras 48 horas do bebê e até o 5º dia de vida. Uma amostra de sangue do calcanhar do bebê é retirada e enviada para análise. Geralmente, o teste do pezinho ajuda a diagnosticar precocemente doenças congênitas que podem ser tratadas desde os primeiros dias após o nascimento para permitir melhorar a qualidade de vida da criança.

Já o teste da orelhinha identifica se há perdas auditivas nos recém-nascidos. Ele é feito entre o 2º e 3º dia de vida. Coloca-se um pequeno fone no meato auditivo externo e faz-se um estímulo sonoro breve. Se der positivo o ouvido está normal e se negativo ou inconclusivo o exame precisa ser repetido. O teste é indolor.