Deputado paraibano defende vaquejada, que será julgada hoje no STF

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O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir hoje pela constitucionalidade ou não da vaquejada. É que última quinta-feira, 2, um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Dias Toffoli interrompeu pela segunda vez o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Procuradoria Geral da República, que pede o fim das vaquejadas no Brasil, sob o argumento de que ela causa maus tratos aos animais.
Até agora, quatro ministros votaram a favor de permitir a vaquejada: Luiz Fachin, Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Outros quatro votaram por declarar a lei inconstitucional: Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Celso de Mello. Faltam os votos dos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia.
O deputado federal paraibano André Amaral (PMDB) declarou-se favorável à prática, alegando que além de ser um esporte genuinamente brasileiro, já que ultrapassou os limites do Nordeste, e hoje pode ser encontrada em vários Estados do Norte, sudeste e Centro-Oeste, está enraizada na cultura nordestina.
O parlamentar defendeu no Plenário da Câmara a manutenção da vaquejada, esporte que segundo ele gera mais de R$ 1 bilhão de receita e 600 mil empregos no país. “A vaquejada precisa continuar sua trajetória de desenvolvimento da cultura nacional, de geração de emprego e renda, e da alegria do nosso povo nordestino. A vaquejada não precisa ser extinta, a vaquejada precisa ser regulamentada e humanizada”, afirmou o parlamentar.
Segundo a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) é preciso ter em mente que os esportistas estão do mesmo lado daqueles que defendem os bons tratos. “Ninguém quer ver animais sendo maltratados em vaquejadas. Isso é inadmissível.”, ressaltou o presidente da ABVAQ, Paulo Fernando Filho (Cuca).
A ABVAQ apresentou um regulamento para o esporte, com o objetivo de que seja implantado em todas as vaquejadas do Brasil, como forma de unificar o pensamento e massificá-lo como regras de um esporte nacional. Nele, constam regras tradicionais da vaquejada, mas também inovações que a entidade alega que ajudarão o esporte a permanecer vivo.
Com Parlamento PB