dedeverasCagepa, uma estatal das mais importantes, um verdadeiro patrimônio da Paraíba, e que no sertão da Paraíba tem ainda a sua relevância aumentada, devido a crise hídrica. Na região do Médio Piranhas, cidades tem sofrido com falta d’água, e as vezes com racionamento pré-definido, São Bento, Pombal, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz são as principais cidades e os escritórios locais muitas vezes sofrem pressão pelo trabalho.

Devido a isso, entrevistamos o gerente da regional Rio do peixe da Cagepa, em Sousa, Dedé Veras, as cidades citadas acima estão na jurisdição desta.

Entre os assuntos abordados, que falamos com Dedé, vamos trazê-los abaixo:

RACIONAMENTO – Nós estamos bem, choveu, num foi o que precisamos, mas aumentou o volume do Rio Piranhas, e o racionamento suspendemos por enquanto nessa região, racionamento que fizemos porque o açude de Coremas estava muito baixo, mas lá não aumentou a vazão, diminuiu, é tanto que Pombal ainda sofre mais que Catolé e São Bento, que tem água a mais com os afluentes do rio.

FALTA DE GERÊNCIA SEDIADA NO MÉDIO PIRANHAS – Em Sousa foi municipalizada a entrega d’água nas casas, feito pelo Daesa, mas o tratamento é feito pela Cagepa, nós vendemos a água, mas isso é em tese, nenhum prefeito nunca pagou. Sousa deve mais de quarenta milhões a Cagepa, desde o saudoso Salomão Gadelha. E com esse déficit, nosso órgão não tem como ter outra regional, há pouco mais de dez anos até Cajazeiras nos pertencia, hoje não mais, nossa regional era de mais de quarenta cidades, hoje são 28, é muito caro fazer outra regional, em Pombal, Catolé ou São Bento. Mas nossa regional quando tem pedido dessas cidades, atende em no máximo 24 horas.

AUTONOMIA –

Essa pouca autonomia não é exclusiva da Paraíba, mas em todo o estado, aqui na gerência a gente não pode fazer compra nenhuma, pedimos tudo a João Pessoa, tudo é licitado, lá é a central, tem de ser organizado desse jeito, se você acha que pode comprar um parafuso, pensa depois em comprar um carro, essa questão de autonomia os escritórios não podemetr porque eu também não tenho.

TANCREDO NEVES EM CATOLÉ DO ROCHA – Catolé do Rocha temos dez mil ligações, terra imponente, mas complicada, por ser acidentada, tem muita pedra, mas existem bairros nobres que a água praticamente não é cobrada, vamos fazer uma ação forte em Catolé, se as pessoas não pagarem a água acaba usando sem limites, vamos colocar hidrômetros nesses bairros, para que a água chegue em bairro como o Tancredo Neves, que é uma cidade a parte, hoje tá melhor porque choveu, mas vamos deixar ele lá definitivamente com água.

SÃO BENTINHO EM SÃO BENTO – O São Bentinho em São Bento é conhecido nosso, é uma cidade dentro da outra, a Cagepa não acompanhou o crescimento local, o que precisamos fazer lá é uma nova adutora depois do rio, no próprio bairro para tratar o problema local com abastecimento, já existe o projeto dentro da Cagepa para solucionar isso, existe o estudo, Mazinho nosso gerente local nos passa as informações, acatamos, mas com essa adutora, e ajuda a distribuir a água.

BREJO DO CRUZ E BELÉM DO BREJO DO CRUZ – Nessa região existe muita ligação clandestina, por exemplo sempre em setembro, começa um desvio na adutora que leva água bruta de São Bento para Brejo do  Cruz, gente já foi presa e é desvio grande, e prejudica o abastecimento de Brejo, e de Belém do Brejo do Cruz, Paulinho fez um bom trabalho lá lavando os filtros lá, mas a ação importante foi feita com ação da polícia, tem gente respondendo processo por roubar água, e quando a gente tira eles voltam, entre São Bento e Brejo vamos tentar outro tipo de ação pra conter isso.

Fonte:http://clintonmedeiros.com