Segundo reportagem do Fantástico, o maior traficante de animais do país vive em Patos. Assista!

O Fantástico mostrou ontem (domingo 04/11) a situação de penúria que os animais passam, isso quando não morrem.

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Durante um mês o programa Fantástico, da Globo, acompanhou o trabalho de fiscalização dos fiscais do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a caça dos agentes aos maiores traficantes de animais silvestres do Brasil.

O Fantástico mostrou ontem (domingo 04/11) a situação de penúria que os animais passam, isso quando não morrem. Muitas vezes os animais são enviados dentro de caixas pelos Correios, chegando ao destino bastante maltratados ou mortos. O comércio ilegal de animais no Brasil movimenta mais de 9 bilhões de reais por ano.

O programa listou os nomes dos dez maiores traficantes de animais do país. Seis dos dez maiores traficantes de animais no Brasil, moram no Nordeste e o maior deles, segundo a reportagem, vive em Patos: Valdivino Honório de Jesus, um senhor de 60 anos, funcionário público, e que já foi detido várias vezes e tem multas acumuladas de mais de 9 milhões de reais, junto ao IBAMA.

Na lista dos maiores traficantes de animais Valdivino aparece em primeiro lugar. Ele trafica pássaros e iguanas e já foi detido 14 vezes.

Em 2012, passando pelo Paraná, o carro que ele dirigia, cheio de animais, caiu em um rio, e ele, segundo testemunhas, na tentativa de livrar o flagrante, tentou matar os animais. Valdivino nega.

Sem precisar na reportagem o nome da rua e do bairro que ele mora, a polícia ambiental e a reportagem do Fantástico foi à casa dele em Patos, e constataram que Valdivino continua na mesma atividade ilícita. Eles encontraram quatro pássaros que seriam vendidos e várias carcaças de pássaros no congelador.

Foi preso pela 14° vez ao ser flagrado com esses animais silvestres, mas ficou pouco mais de uma hora na delegacia. Logo foi liberado. “Para ele o crime compensa, pois lucra com sua atividade, mas quando é preso não fica na prisão”, disse o chefe nacional de fiscalização do IBAMA, Roberto Cabral Borges.

De acordo com a lei, traficar animais dá prisão de seis meses a um ano de cadeia e a multa de cinco mil por animal apreendido, mas ninguém vai pra cadeia, só fica obrigado a doar cesta básica ou prestar serviço comunitário. Quanto às multas, há muito calote. Os traficantes não pagam nada.

A reportagem informou que muito do tráfico de animais atende a compradores da Europa, Japão e Estados Unidos; e que alguns animais silvestres pode ser comercializados dentro da lei, mas para isso existem uma série de regras a serem cumpridas para que o comércio possa acontecer dentro da lei, o que gera custos e dificuldades, e faz com que muitos prefiram traficar ao invés de seguirem as normas da lei.

 

Fonte:folhapatoense