A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso de um jovem de 21 anos que tentou matar a mulher a a filha de apenas 3 anos no Itapoã. O crime ocorreu na noite dessa segunda-feira (18/3). O homem já tem passagens por agressão contra a mulher e está foragido.

Segundo a ocorrência, o autor ameaçou a companheira, afirmando que não adiantaria ela denunciar as agressões pois ele iria matá-la assim que saísse da prisão. Ele também repetiu várias vezes que não aceitava a separação.

Em depoimento prestado na delegacia, a vítima disse que foi agredida com um facão. Após o ataque, o homem prendeu ela e a filha na residência, incendiou um colchão, ligou o gás de cozinha e fugiu com as chaves da casa.

Mãe e filha foram socorridas por uma vizinha. A mulher contou que já foi agredida outras vezes e que tem medida protetiva contra o autor. Disse que o companheiro chegou em casa ameaçando”vou te matar. Se você não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém e se eu for preso, vou te matar quando sair”.

No Distrito Federal, em 2019, cinco mulheres já foram vítimas de feminicídio. Até a última semana, a Polícia Civil havia registrado 3.101 ocorrências de violência doméstica.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

Metrópoles