Após ‘queda’ de Dom Aldo, Ministério Público apura pedofilia

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A renúncia ‘forçada’ do arcebispo Dom Aldo Pagotto parece ser apenas a ponta do iceberg que se tornou as denúncias de pedofilia envolvendo padres e seminaristas. Os casos, denunciados com exclusividade no ano passado pelo Jornal da Paraíba, ganharam repercussão internacional e culminaram com a “renúncia” do ex-comandante da Arquidiocese da Paraíba. O fato novo é que os casos serão investigados pela Promotoria Criminal de João Pessoa, ligada ao Ministério Público da Paraíba. O caso também é apurado pelo procurador do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas.

Um calhamaço de 88 páginas foi encaminhado ao Ministério Público da Paraíba pela Polícia Federal com as denúncias contra clérigos da Igreja Católica apontando possíveis indícios de abuso sexual, envolvendo adolescentes. O procurador-geral de Justiça do MPPB, Bertrand de Araújo Asfora, encaminhou os documentos ao coordenador das Promotorias Criminais em João Pessoa, José Guilherme Soares Lemos. O papa Francisco aceitou a renúncia de Dom Aldo no dia 6 de julho e o religioso divulgou carta, na época, reconhecendo ter “errado” por confiar demais em quem não deveria.

Dom Aldo é acusado de ter acobertado os casos durante o período em que comandou a arquidiocese, a partir de 2004. As denúncias chegaram ao Vaticano, que, a pedido do papa Francisco, deu início à investigação que resultou no afastamento do religioso. Ele é acusado ainda de envolvimento homoafetivo com um jovem de 18 anos.

Blog do Suetoni