Juiz alega “falta de tempo” para analisar pedido de prisão de suspeito de matar agente em blitz, em JP

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O juiz Antônio Maroja, que está presidindo interinamente o 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, deverá decidir até a próxima segunda-feira (6), sobre o pedido de prisão preventiva de Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, 24 anos, que está sendo apontado pela Polícia Civil como o suspeito de atropelar e matar o agente de trânsito Diogo Nascimento, 34 anos, em uma blitz da Lei Seca no dia 21 de janeiro, no bairro do Bessa, em João Pessoa.

Segundo o advogado criminalista, Eduardo Luna, assistente de acusação, o “magistrado alegou que, devido ao preenchimento das tardes por audiências, não houve tempo suficiente para apreciar os pedidos constantes no processo”.

“Ele[ juiz] está no comando do 1º Tribunal do Juri até o dia 6 de fevereiro, quando o juiz titular Marcos William retorna de férias. O juiz está dentro do prazo, porque o código de processo penal diz que estipula o prazo de dez dias no caso de manifestações decisórias. Entretanto, o juiz pode decidir antes do fim da sua permanência do Tribunal”, explicou o advogado Eduardo Luna.

Reconstituição

A reconstituição do atropelamento que resultou na morte do agente da Operação Lei Seca, Diogo Nascimento Souza, aconteceu na noite desta terça-feira (31), em João Pessoa. De acordo com o delegado de homicídios Reinaldo Nóbrega, os agentes que estavam na blitz no dia do ocorrido, testemunhas, motoristas que foram parados na blitz e o suspeito, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, foram intimados a participar da simulação do atropelamento. Os trabalhos duraram cerca de 6 horas.

Em nota, a defesa de Rodolpho Carlos da Silva informou que o motorista atenderia aos termos da intimação. O motorista compareceu à delegacia, mas não participou da reconstituição. A defesa não se pronunciou sobre a reconstituição.

Caso

O agente Diogo do Nascimento do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB) ficou gravemente ferido na madrugada do sábado (21) e morreu no domingo (22), em João Pessoa, após ser atropelado por um motorista em um Porsche branco, durante uma blitz da Operação Lei Seca. A ação acontecia na Avenida Governador Argemiro de Figueiredo, no bairro do Bessa.

De acordo com informações da Polícia Civil, o motorista não obedeceu à ordem de parada e tentou fugir do bloqueio. Na tentativa de fuga, o condutor do veículo atropelou o agente, que foi socorrido e levado para o Hospital de Emergência e Trauma da capital, em estado grave, onde morreu 24 horas depois.