Na diplomação, Bolsonaro pede confiança aos que não votaram nele

0
69

O presidente eleito Jair Bolsonaro chorou de emoção ao ser diplomado, ontem, pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em discurso, pediu a confiança daqueles que não sufragaram seu nome nas recentes eleições presidenciais. Assegurou que irá governar em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, for, idade ou religião. Bolsonaro agradeceu a Deus por estar vivo (referência à facada que recebeu em plena campanha eleitoral, desferida por um manifestante em evento eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais) e prometeu empenhar-se para resgatar o orgulho do brasileiro, “porque o poder popular não precisa mais de intermediação”. De acordo com ele, novas tecnologias possibilitaram uma relação direta entre o eleitor e os seus representantes.

O diploma foi conferido a Bolsonaro pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, a qual defendeu os direitos humanos e as instituições democráticas durante a cerimônia bastante concorrida, realizada ontem, em Brasília. “A democracia – pontuou a ministra Rosa Weber – não se resume a escolhas periódicas por voto secreto e livre de governantes. Democracia é, também, exercício constante de diálogo e de tolerância, de mútua compreensão das diferenças, de sopesamento pacífico de ideias distintas, até mesmo antagônicas, sem que a vontade da maioria, cuja legitimidade não se contesta, busque suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritários, muito menos tolher ou comprometer-lhes os direitos constitucionalmente assegurados”.

Bolsonaro exaltou o processo eleitoral e frisou que o compromisso com a soberania do voto popular é inquebrantável. Antes de subir ao púlpito para ler um discurso de dez minutos, Bolsonaro bateu continência a uma plateia repleta de militares fardados, que o aplaudiam e o chamavam de “mito”, bem como autoridades constituídas. Jair Bolsonaro foi eleito com forte presença nas redes sociais e pouquíssimo tempo de propaganda eleitoral de TV. Mas, foi enfático ontem: “Serei presidente dos 210 milhões de brasileiros, governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”.

Da Redação, com agências