Polícia prende suspeito de enganar mulheres no DF e em quatro estados

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Suspeito de aplicar golpes em mulheres do Distrito Federal e de outros quatro estados, um homem de 41 anos foi preso nesta quarta-feira (6) em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil do DF, Luiz Antônio Silvestre conquistava as vítimas e mantinha relacionamentos amorosos duradouros, com a intenção única de obter vantagem financeira.
Até a tarde desta quarta, 16 inquéritos já tinham sido abertos. O G1 e a TV Globo não conseguiram contato com a defesa do homem. Uma das vítimas de Silvestre, que não quis se identificar, afirma que ele mandava músicas religiosas e mensagens apaixonadas para conquistar as “namoradas”.
“Ele sabe conquistar, é carinhoso no começo. É um homem que manda mensagem: ‘Bom dia, boa noite, meu amor”, diz a mulher. Durante um ano, ela conta que fez de tudo para agradar o companheiro. “Eu paguei quatro meses de aluguel. Comprei todos os móveis, roupas, perfumes, carro”, afirma.
Silvestre também fez empréstimos no nome da namorada, sem consentimento, e comprou um carro com os documentos dela. No total, o prejuízo causado pelo “Don Juan” atingiu R$ 30 mil. “[Quero] que ele apodreça na cadeia. Morro de medo que ele seja solto e venha se vingar de mim”, diz a vítima.
O impacto na vida da mulher não foi apenas financeiro. Segundo ela, Luiz Antônio Silvestre jurou que tinha feito vasectomia e, por isso, não poderia fazer filhos. A mulher parou de tomar anticoncepcional e, meses depois, engravidou do namorado. A filha, hoje, tem oito meses.
Segundo a Polícia Civil, pelo menos cinco mulheres foram enganadas pelo homem e engravidaram. Depois que as crianças nasciam, o homem sumia para não arcar com as responsabilidades paternas e partia para a próxima vítima, de acordo com as denúncias.
Ficha extensa
Luiz Antônio Silvestre foi preso pelo crime de estelionato, com mandado referente a um dos processos em apuração. Ele também responde por furto e roubo, entre outros crimes. Por enquanto, o DF tem apenas uma ocorrência relacionada a mulheres da capital.
O diretor de comunicação da Polícia Civil do DF, Miguel Lucena, pede que outras vítimas procurem delegacias próximas para denunciar o caso.
“Todos os golpes serão apurados, e queremos ver esse golpista atrás das grades para pagar pelos crimes que cometeu, principalmente os danos psicológicos”, diz.
G1