Partido dos Trabalhadores, do presidenciável Fernando Haddad, pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue a campanha de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), e a empresa AM4 Informática, que presta serviços ao candidato.

O partido vê abuso de poder econômico e suspeita do uso de dinheiro público “não declarado”, além da utilização de ferramentas tecnológicas para disseminar informações inverídicas com potencial de influenciar o resultado das eleições.

Em peça enviada ao vice-procurador geral, Humberto Jacques de Medeiros, o PT diz que tomou conhecimento da atuação da empresa por meio de reportagem do jornal O Globo em 7 de outubro, dia do primeiro turno.

De acordo com a notícia, a empresa contratada por Bolsonaro organizou grupos em diversas redes sociais para reverter episódios negativos com o nome do candidato do PSL e distribuir vídeos de corrupção envolvendo o ex-preside Luiz Inácio Lula da Silva e Haddad. Na reportagem, Marcos Aurélio Carvalho, sócio-fundador da empresa, avalia que quem faz a campanha de Bolsonaro são “milhares de apoiadores voluntários”.

O PT reclama que com essas ações, distribuindo mensagens por cerca de 1.500 grupos de Whatsapp, Bolsonaro conquistou 6,9 milhões de seguidores no Facebook e 3,8 milhões pelo Instagram, algo que, de acordo com o partido, não condiz com a estrutura da empresa, que tem 15 funcionários e que recebeu 100.000 reais desde a pré-campanha.

O pedido de investigação também aponta que as mensagens distribuídas pela empresa são fake news (notícias falsas), danosas a Haddad e sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), e que mais de 100 links com conteúdo inverídico foram retirados do ar.

Fonte:  veja.abril.com.br