Números da Polícia Civil de Minas Gerais indicam que cada vez mais as quadrilhas que atuam dentro dos presídios estão tendo o apoio de mulheres. Do lado de fora.

Quem dirige o carro, mostrado no vídeo acima, é uma mulher. Segundo a Polícia Civil de Minas, minutos depois ela participou de uma das 16 extorsões mediante sequestro registradas no primeiro semestre no estado. Em 13, havia mulheres envolvidas.

A ordem para todos os sequestros partiu de celulares usados por presos da penitenciária de segurança máxima, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De dentro das celas, os presos planejavam os crimes e contavam com mulheres de confiança de fora para executar tudo o que era necessário para o crime dar certo.

Segundo a polícia, as quadrilhas especializadas em sequestros têm usando mais mulheres por acharem que elas não levantam suspeita.

“Algumas que fazem levantamentos das residências das casas dos gerentes das instituições financeiras por exemplo, tem outras que emprestam os seus nomes e seus dados para criarem contas nos bancos e sacarem os dinheiros”, destaca Marco Matos, inspetor da Polícia Civil.

Em um áudio, que faz parte das investigações, o chefe de uma das gangues chega a dizer que a mulher é perigosa, com passagens pelo artigo 157 do Código Penal, que eles chamam apenas de 57, que é o crime de roubo: “A menina é 57 nata. Ela já anda com a peça dela para você ter ideia! Cinco-sete daquele naipe, gruda dá show em muitos homens, viu”.