“Sheik dos Bitcoins” preso pela Polícia Federal movimentou quase R$ 4 bilhões em esquemas de fraude; veja no vídeo

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O empresário Francisley Valdevino da Silva (foto em destaque), conhecido como “Sheik dos Bitcoins“, foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (3/11), em Curitiba. Ele é suspeito de liderar um esquema de fraudes que movimentou quase R$ 4 bilhões no Brasil.

Segundo a PF, a prisão é decorrente do descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça Federal a Francisley Valdevino da Silva. Entre as restrições, o investigado não poderia continuar a administrar empresas, tampouco praticar atos de gestão no interesse do grupo econômico dele.

A PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, em desdobramento da Operação Poyais, que apura a prática de crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, como estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa. As ordens partiram da 23ª Vara Federal de Curitiba.

Esquema em ampliação

A partir de diligências policiais, os investigadores identificaram que o suspeito, dias após a operação ser deflagrada, passou a promover encontros frequentes na casa dele, em Curitiba, com funcionários das empresas.

Uma das funcionárias é gerente financeira do grupo; outro empregado identificado é responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais criadas pelo Sheik dos Bitcoins para prática das fraudes.

Além do descumprimento das medidas cautelares, suficiente para expedição do mandado de prisão, a constatação dos encontros frequentes de Francisley Valdevino com o funcionário responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais demonstrou que a organização criminosa continuava ativa e promovendo atos criminosos.

As apurações apontam que o grupo criminoso promovia fraudes no Brasil e no exterior, confeccionava e comercializava plataformas, bem como sistemas virtuais para interessados na prática de crimes semelhantes.

Recentemente, no âmbito da Operação Bad Bots1, também deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, houve a condenação de duas pessoas acusadas de praticar crimes contra o sistema financeiro, a partir de fraude, com a venda de criptomoedas.

Com o avanço das investigações, comprovou-se que o sistema virtual usado para as fraudes havia sido criado e era mantido pela organização criminosa do Sheik dos Bitcoins.