Segundo a PF, a prisão é decorrente do descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça Federal a Francisley Valdevino da Silva. Entre as restrições, o investigado não poderia continuar a administrar empresas, tampouco praticar atos de gestão no interesse do grupo econômico dele.
A PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, em desdobramento da Operação Poyais, que apura a prática de crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, como estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa. As ordens partiram da 23ª Vara Federal de Curitiba.
Esquema em ampliação
A partir de diligências policiais, os investigadores identificaram que o suspeito, dias após a operação ser deflagrada, passou a promover encontros frequentes na casa dele, em Curitiba, com funcionários das empresas.
Uma das funcionárias é gerente financeira do grupo; outro empregado identificado é responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais criadas pelo Sheik dos Bitcoins para prática das fraudes.
Além do descumprimento das medidas cautelares, suficiente para expedição do mandado de prisão, a constatação dos encontros frequentes de Francisley Valdevino com o funcionário responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais demonstrou que a organização criminosa continuava ativa e promovendo atos criminosos.
As apurações apontam que o grupo criminoso promovia fraudes no Brasil e no exterior, confeccionava e comercializava plataformas, bem como sistemas virtuais para interessados na prática de crimes semelhantes.
Com o avanço das investigações, comprovou-se que o sistema virtual usado para as fraudes havia sido criado e era mantido pela organização criminosa do Sheik dos Bitcoins.