Em culminância ao projeto de leitura realizado pela Escola Municipal Maria Dulce dos Santos, a instituição de ensino da cidade de São Bento (PB) recebeu escritores e paraibanos que lançaram suas obras infanto-juvenis e interagiram com mais de 300 estudantes do Ensino Fundamental entre os dois turnos.
Para a professora Patrícia Ferreira, o “Chá Literário” possibilita os estudantes a conhecerem de perto um autor e conhecer um pouco mais sobre os seus processos criativos. “A literatura liberta, edifica e leva qualquer ser humano para um mundo de possibilidades, como na minha história de vida, que me permitiu sonhar e realizar os meus sonhos”, comentou Patrícia.
Autor de obras premiadas como “Clarice e a Andorinha” e também dos mais recentes lançamentos “O Gato Juan” e “A Raposa – Depois daquele adeus”, o escritor e ilustrador Junior Misaki, natural da cidade de Patos (PB) tem se dedicado a escrita para crianças desde o início da pandemia, na qual se descobriu escritor e já tem mais de cinco obras lançadas.
“Sempre que escrevo eu penso no que o mundo está precisando ouvir, olho ao meu redor, vejo a minha realidade e a dos meus alunos, assim crio histórias direcionadas para ‘gente da gente’. Como também ilustro, minha imersão chega a ser muito forte durante o processo criativo, pois cada personagem é como um filho, que gero para o mundo e que se tornam independentes da minha vontade”, destacou.
O evento, que contou também com a participação da escritora da cidade de Brejo do Cruz (PB) a professora Daiana Targino, autora da obra “Marta, a menina que descobriu o futebol” e que realizou contações de histórias sobre situações presentes na cultura popular nordestina.
“Precisamos quebrar certos tabus na sociedade, como o machismo, e a literatura é uma ferramenta que pode ajudar a abrir muitas cabeças e trazer uma nova realidade várias vidas, a história da jogadora Marta foi decisiva para muitos posicionamos na minha vida, sempre gostei de futebol e nunca me senti diminuída por gostar de um esporte, muitas vezes condensados por um gênero único, pela sociedade”, comentou.
Após o momento de interação, os estudantes participaram de uma sessão de autógrafos com os escritores, onde puderam conhecer de perto a sua trajetória e dialogar com os autores de obras que tinham sido trabalhadas em sala de aula.
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